Ah! Se eu fosse poetisa...
Ah! Se eu fosse poetisa...
Do amor versaria a essência.
A beleza da adolescência
No desabrochar de uma flor
( Mas...Poetisa não sou!)
Supondo porém, que eu fosse
Decantaria paixões ardentes
Desejos loucos e frementes
Sibilados em beijos doces
( Se, poetisa eu fosse)
Versaria a magia nos quartetos
Todo amor seria pleno e fadado
E no verso derradeiro do terceto
Meu soneto: o amor eternizado
Com as septilhas, um cordel encantado
Alforriaria a alma desse tormento
Dar-lhe-ia a calma, calaria seu lamento
Numa poesia de versos vazados
Lindos indrisos em coroa versaria
A liberdade de uma alma em euforia
Se poetisa eu fosse, por um momento
Não o sendo, versejo o sentimento
Da minha alma que ordena e grita:
Verseje versos alados. Acredita!
Mas penso: Não sou poetisa!