Condenado
Olhos vagos entre um fictício cais e minhas lembranças.
Um porto de partidas e chegadas dessa vida e sentimentos,
desses desencontros, desses pensamentos e olhares vagos.
Uma paisagem longínqua, desenhando contornos nessa noite.
Indecifrável turbulência a perscrutar esses momentos tênues.
Meus lamentos, minhas saudades, minhas ausências, se refazem.
Tantas angústias seculares dentro de mim, me desnuda nessa alcova.
Meu amor se desalinha, se desvenda, me condena, não perdoa.