CORDEL
CORDEL – LINGUAGEM DO CÉU
Na humildade de sua linguagem o poeta
Fala das coisas do sertão...
O que pede o seu coração!
Mais próximo está do céu, no seu cordel!
À Terra ele desce de rapel
Pra bem depressa ganhar seu troféu!
Nesta poesia sem métrica, mas,
De compreensão simétrica,
O cordel fica dependurado
No varal acabrunhado!
Popular são suas estrofes
Simples suas rimas...
A vida pacata do sertanejo
Ele com sarcasmo a esgrima!
Nas paredes de suas esperanças
A beleza dos seus azulejos!
Na satisfação de cada cordel,
O poeta ávido pelo seu troféu,
Rabisca e cisca nas suas páginas
Sua arte, sensibilidade e mágicas!
Jose Alfredo