SOB A ESPESSA CHUVA
Chovia e do vidro do carro vi passar o rosto
Outrora conhecido, não só o rosto como o resto,
Ao qual conhecia perfeitamente a geografia.
Houve o instante em que o corpo se fez desconhecido,
Seguido do rosto permeado de incertezas e desconfianças
E o abandono, oras,este encarregou-se do plantio do nada.
Sobrou o quê? A sensação de um elo perdido irremediável,
Não sobrou sequer saudade, apenas um asco de ressaca.