Caminhante
Minha alma de peregrino
Grita num silêncio profundo,
Mas o deserto faz-me perder o tino.
Caminhante sofredor e moribundo.
Passa despercebida a minha dor,
Nada, nada em volta do meu mundo.
Em cada passo deixo marcas, gota a gota.
Às lágrimas desta vida remota.
Mary Jun
Obrigada, querido poeta, pela belíssima interação!
VOLTANDO AO PAI
No deserto de minha existência,
Existem além de dunas e pedras,
A ilusão que alegra, mas medra...
Ante a vastidão sou inocência,
Que brotou em terra seca e pobre,
Mas fui semente de essência nobre...
Desabrochando na grande jornada,
Vislumbro em luz, a nova morada...
Jacó Filho