Eterna despedida
Vá! Mas deixe pegadas por onde te siga.
Deixe pedras, migalhas, pétalas de madressilvas.
Qualquer coisa me serve para não perder teu caminho.
Siga! Sempre alerta, em linha reta e de cabeça erguida.
Estou logo atrás, cingido de saudades que me são como urtigas.
Olhos cerrados em ti: nuca, costas, mãos, minha guia.
Ah sina nefasta, atrair-se por quem se afasta e me arrasta feito um imã; uma pedra rolando num monte.
Mas a estrada não é eterna, acabam-se os montes, amantes, sendas e frestas; estarei à espera.