PARA QUE SEJAS POETA
Teu poema tem que sair gritando
como um cramunhão que se liberta,
desesperadamente, da garrafa.
Um demônio que se lança no caos
e atiça as tormentas contra as
montanhas enigmáticas do mundo.
Acaso teu poema seja, apenas, verbetes,
renuncia para sempre o teu barco literário.