Meu doce querer, minha boa ventura.

Este meu doce querer, transforma o meu olhar.

Transforma em pura, minha visão outrora impura.

Faz da lágrima da amargura, gotas raras de aljôfar.

E com a mais suave, doce e precisa cinzeladura.

Lapida a minha alma, revelando um lindo facetar.

E da pedra outrora bruta revela-se a formosa escultura.

E do feroz miúra revela-se a paloma dum níveo avençar.

A revoar no céu do bem-querer, em ares de boa ventura.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 19/10/2016
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