Meu doce querer, minha boa ventura.
Este meu doce querer, transforma o meu olhar.
Transforma em pura, minha visão outrora impura.
Faz da lágrima da amargura, gotas raras de aljôfar.
E com a mais suave, doce e precisa cinzeladura.
Lapida a minha alma, revelando um lindo facetar.
E da pedra outrora bruta revela-se a formosa escultura.
E do feroz miúra revela-se a paloma dum níveo avençar.
A revoar no céu do bem-querer, em ares de boa ventura.
(Molivars).