NÁUFRAGO

A noite não vibrou; não me deu linha,
A lua não me chamou, não pousou,
A sua nudez inteira sobre a minha.


A doce loucura não teve vez,
Cedeu espaço para a limitada lucidez,
A silenciosa rotina prevaleceu.


A alma menina não se encantou, não ousou.

E eu naufraguei no mar da solidão, eu não fui eu.