O VELHO BARCO

Desiludido, sucumbido pela estranha dor,
Olho e não percebo a beleza da paisagem,
Não ouço o poético sussurro da aragem.

Vou até o recôndito do meu interior,
Buscar um pouco de sonho, de alegria,
Retorno decepcionado, de mãos vazias.

Ainda assim, sinto um afã épico de ir embora,

Ah! mas, sou um velho barco que não desancora.