A CRIA
Os versos-passarinhos rodopiam,
Em meio à madrugada, na cabeça
De algum poeta insone que os mereça.
Armado, de improviso lança a pena,
E no final se encanta com a cena
Ao vê-los deitadinhos no papel.
Assim vai adorando a sua cria
Querendo ver voar sua poesia.
* GRATO, BELÍSSIMA INTERAÇÃO:
Na madrugada, quando o sono falha,
certa que o amor é fogo de palha,
busco atiçar a minha inspiração
Escondo a cara em meu travesseiro
meu único e eterno companheiro
que ameniza a minha solidão.
O sol desponta ao raiar do dia...
Então eu dou vazão a minha cria!
(Milla Pereira)