Os Retirantes
Óleo sobre tela de Cândido Portinari, 1944
MÃOS SUJAS DE HUMANIDADE
Cansei-me de ver caminhar sem norte,
A raça humana perfumada de vaidade,
Se a lei é fraca, o crime tem braço forte.
Cada vez mais prospera a impunidade,
Se a justiça é cega, não há quem se importe,
Nossas mãos estão sujas de humanidade.
Se à iniquidade indiferentes nos mantemos,
Que será do mundo em que hoje vivemos?
Ana Flor do Lácio
Cansei-me de ver caminhar sem norte,
A raça humana perfumada de vaidade,
Se a lei é fraca, o crime tem braço forte.
Cada vez mais prospera a impunidade,
Se a justiça é cega, não há quem se importe,
Nossas mãos estão sujas de humanidade.
Se à iniquidade indiferentes nos mantemos,
Que será do mundo em que hoje vivemos?
Ana Flor do Lácio