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DELIRANTE
 


Em ti (toda), a lascívia te fareja:
no teu corpo tu tens a majestade
e, na boca, dois gomos de cereja.
 

Os teus seios acenam-me luxúria,
e te enlaço com grã lubricidade,
e tateio teu ser com doida fúria.
 

Teu pântano d’amor é delirante.
 

E nele me soçobro assaz arfante.
 

Fort., 05/04/2014.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 05/04/2014
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