CANTIGAS
CANTO I
Tuas mão ardentes
desfolharam pétalas do meu seio;
teus lábios ávidos
exauriram a doçura da mina boca;
tua espada cravada em minha raiz
desatou da seiva a fonte,
e eu refloresci
como a roseira podada em julho.
CANTO II
De porta em porta
mendiguei teu destino;
Na poeira da estrada
procurei teus passos;
Do topo dos montes
tentei vislumbrar teu vulto,
pois tua ausência doía
vasta e profunda...
Então descobri
que a ausência não existe,
enquanto a lembrança
permanecer feito um tesouro,
pulsando forte,
como um coração vivo.