PENSAR MUITO PARA ESCREVER OU ESCREVER MUITO  PARA PENSAR...

Quem pensa muito escreve muito,
Ou quem escreve muito pensa muito?
Ou quem quase palavras não escreve,
Mas pensa muito, pode pensar muito e escrever pouco?
Também quem pensa pouco,
pode um dia pensar escrevendo,
Ou escrever pouco pensando muito?

Alguém pode ainda pensar muito e não escrever nada,
Como pode pensar muito e não escrever muito.
Pode também escrever muito e pensar pouco,
Ainda pensar pouco e escrever pouco.
Talvez pensar pouco e escrever muito...
Como pode não pensar pouco para escrever muito,
Escrever pouco e pensar pouco, pensando dizer muito...
Ou uma maioria, não lê, pensa nada e escreve pouco!!
Vamos ver se você está a pensar no que está lendo,  
Ou está lendo e pensando no que está escrito.
A pensar ainda em quem escreve: 
Ou se escreveu muito e disse pouco,
E dizendo pouco disse muito,
Ou nem disse ou desdisse, por você não ter lido o muito,
Deste muito que está escrito, não se disse nada!...
Ou achar que o autor disse tudo
Usando as mesmas palavras.
Porque não é o usar de muitas palavras que se diz muito
De um todo que vale muito pouco,
Melhor usar poucas palavras e dizer muito.
Melhor é usar muitas palavras e dizer tudo,
E tudo só fica claro com muitas palavras?

Para entender estilos diferentes há que se ler muito,
Para entender João Guimarães Rosa que tem um muito
De palavras que soam diferentes, parecem enígmas 
Muitas palavras diferentes, ingentes e contingentes,
São lamentos, às vezes sofrimento, à vezes estígmas
Parecem outro idioma, sentido de confusão.
A confusão está no estilo ou das palavras
Diferentes em profusão: que dizem muito!
Mas você acaba entendendo pouco de muitas palavras
Que lhe dizem pouco. Carece de mais leitura do mesmo
Autor. Sinópses de seu estilo, onde ele busca as palavras.
Onde rebusca os períodos e por que razão!...
Há também nas muitas palavras uma certa, nossa, confusão.
Em geral poucas palavras já dizem muito,
Implícito no dito e não dito.
Escrever muito para entender muito,
Ao invéz de entender muito e escrever pouco. 
E é pouco, ler muito pouco, e escrever muito pouco!
É preciso ler muito para escrever bem, e dizer muito
Com poucas palavras que signifiquem muito.
Saber pouco é de quem lê muito pouco, 
E lê cada vez mais pouco...mais pouco...
E escreve ainda mais pouco ou nada!
Tentar escrever muito, tendo lido muito pouco,
Não passa muito para quem lê muito.
Só quem lê muito, sabe quem escreve mal e pouco!

Lendo só um pouco daquele que lê muito e escreve muito,
Aquele que lê muito e escreve muito, já saberá um pouco ou muito, sobre o tipo que pertence aquele que faz tudo
Isso: leitura, literatura, escrita... de tudo muito!
Quem não lê nada e tenta escrever muito, não diz nada.
Lhe falta palalavras para exprimir tudo
O que sente, o que pensa dizer...
Ao passo que, quem lê muito e escreve muito,
Sabe que quem escreveu aquele pouco, disse tudo 
E  muito do que tinha a dizer, se fez entender,
Em escrever pouco, no profícuo ato de escrever.
Não é muito escrever bastante, nunca é o bastante
Quando e para que se faça entender.
Não se chega ao fim de um Indriso, muito
menos ao poema, se o poeta calasse antes de tudo falar.
Ou "palavras são palavras" para shakespearearizar,
Fique claro é diferente, de quem diz que lê por dizer,
Fala muito mas diz pouco. Epopeia, por epopeizar. 
Talvez shakespearizar um pouco, nas palavras que usar.
Luzidiar, ai, se pudesse... vulto nobre de Camões !!
Que dizer então de Vieira em extenso: "Os Sermões",
Ou de Rui, a Carta aos Moços, que muitos remoços
Ainda produz! Que extensas emoções e muitas,
Por plenas, de dizer o bastante. Não nas extensões...
Mas, na muita e aproveitável qualidade,
Bom de muito entender suas noções!

Saiu este autor um pouco do mote:
"Do muito saber e o nada saber",
Para dizer que se escreve muito, se escreve extenso, 
Se escreve intenso, volumoso e imenso.
Mas o que vale, é o incenso das palavras e de resto, 
É ler muito, com vontade de entender, 
Escrever, e de autores o muito conhecer.
Em seus estilos se envolver, para que muitos
Possam viver suas imagens e figuras de linguagens.
Seja Camões ou meus Amigos Poetas,
Que shakearesperiando, vão catando suas pétalas
De flores, montando suas próprias cores
Persistindo muito e muito, a criar suas flores.
Com uma após outra, são muitas, criar um jardim!
Nele, muitas e brancas, de pedras as alamedas...
Decifrando os enígmas de Guimarães Rosa,
Em meio às suas próprias rosas,
Em sua monumental obra Grande Sertão Veredas.
Bibliotecas derrissando,lendo,escrevendo e amando, 
Seus erros mais comuns desmontando,
Criticando menos alguns, que fazem outros dizeres,
E com vontade serena, passando os muitos saberes, 
de outros saberes, que somam aos seus.
Muito que apreenderem, nas falas e nos prazeres
Decobrir um mundo fechado, esperando você abrir.  
Anseiar poesias,todos os seus gêneros delas usufruir 

Literatura: as que acrescentam seu tipo de emoção, 
Ou estilos que não podem cair em qualquer mão, 
Todo tipo de leitura muito delas te servirão,
Inda que seja para aprender a escolher e dizer não!
Para alegrar as sua vida dar-lhe felicidade e comoção.
Ora pois, amigos, com duas palavras em uma oração,  
Se pode compor até poesias dando ordem à variação.
Usando dessas palavras, em diversa repetição. 

Dizendo: - "Mais e muito; nada; ou muito pouco; ler muito ou ler pouco; ler muito ou pouco escrever"; chegamos ao desiderato do axioma: LER, SABER, ESCREVER, ENTENDER, VIVER, E FINALMENTE SER... E FELICIDADE OBTER, SEMPRE QUE AO SEU LADO VENHA, UM LIVRO SEMPRE TER!






 




 

 
Mauro Martins Santos
Enviado por Mauro Martins Santos em 08/09/2013
Reeditado em 10/10/2013
Código do texto: T4473287
Classificação de conteúdo: seguro
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