QUASE  NADA

Heteróclita eu entre um panorama cinzento,
Heteróclita como o inquieto sussurro do vento,
Corro perigo, sigo no indefinido da via.

Sigo... como quem não espera quase nada,
Dessa vida de angústia múltipla, enviesada,
Vida de entrevero, de paisagem sombria.

-Temos algo em comum, digo para a bruma,

Somos duas perdidas; de tão perdidas parecemos uma.


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DIFERENÇA 

Estranha, sim... diferente, por que não?
Se assim me impulsiona o coração...
Quem sabe seja isso que te atrai. 


O que espero eu não digo, tenho medo,
de que venham a descobrir os meus segredos.
Vem, ó vento e leva todos meus ais. 


Entre a luz e o escuro, ando perdida. 

Diferente do comum 'stou dividida.

(HLuna)