DE TANTO ESPERAR
A MANHÃ PERDI AS ASAS
Guardei um bouquet de versos no olhar,
Para ao nascer da aurora te ofertar,
Sob a ternura tardia de um abraço…
Trazia um verso ainda cru, na mão,
Guardado há anos no baú da solidão
Que escondo nas dobras do regaço…
De tanto esperar a manhã perdi as asas
Seja minha mão a poesia que agarras…
Ana Flor do Lácio