DESCAMINHOS

Um instante leso, um peso enorme no espírito,
Uma culpa não sabe de quê, um medo não sabe de quem,
Um olhar perdido nos descaminhos do, porém.

Um ser sem norte, um passaporte sem visto,
Um desflorado ipê, uma primavera que não vem,
Uma estranha sensação de que não é ninguém.

Um afã de enlouquecer, abrir seu mundo com um grito.

Mas, a silêncio a sustem, a lucidez a faz refém.