Encantada
Aquela que encanta fez um canto num canto qualquer;
E num canto abriu espaço e o canto entoou;
Seu encanto fica enquanto seu canto canta.
Se conto, não encanto, mas se ela canta, o seu canto encanta;
Encantado fico ao seu encanto deslumbrar;
Sem canto redondo é, sem encanto não há canto;
Sem seu canto, desencantado meu encanto fica.
Somente quando ela fala encanta o que encantado está.
Poesia selecionada para o “livro de Ouro da Poesia Brasileira Contemporânea” de Junho de 2011 da Câmara Brasileira de Jovens Poetas