Ramo de sol
Sou como o rio imóvel, soterrado,
que a floresta do ser carbonizou,
sou esse próprio tempo que estancou,
ou talvez seja um resto de passado.
Já não vivo, perdi a identidade;
vegeto sem florir sequer um beijo.
Sou pedaço lunar de um velho queijo,
sou o ramo de sol sobre a saudade.