Ramo de sol

Sou como o rio imóvel, soterrado,

que a floresta do ser carbonizou,

sou esse próprio tempo que estancou,

ou talvez seja um resto de passado.

Já não vivo, perdi a identidade;

vegeto sem florir sequer um beijo.

Sou pedaço lunar de um velho queijo,

sou o ramo de sol sobre a saudade.

luca barbabianca
Enviado por luca barbabianca em 04/04/2012
Reeditado em 05/09/2012
Código do texto: T3593552
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.