ATIRANIA DESTE TRABALHO, J B PEREIRA
ATIRANIA DESTE TRABALHO
Frustraram-me os cartões e relógios de ponto.
São prisões inúteis de medir o tempo.
Foram feitos para os acomodados
Não quero a chefia tirânica
Que persegue e engana com seu olhar
Fútil, fingido e indolente.
Nem aceito seus sequazes
Cuja bajulação esconde o desejo de subir e ter poder.
Para vigiar querem algo mais
E delatar logo.
Amofam-se todos os que se grudam ao poder
E o querem tão-só.
Querem ser superior aos outros.
Aborreço-me com os elogios
Para massagear egos...
Protesto contra os submissos,
Os que adulam e deixam os chefes
Pisarem só para não se imporem.
Que pena será a vida toda?
Se há autoritarismos, existe quem
Os credita facilmente.
Deixam que algum Tiradentes se apresente!
Sairemos bem disso após
A morte do heroi.
Abaixo os tiranos e cúmplices malditos
Que apipocam e apodrecem os ambientes de trabalho.