MISTERIOSA

De vez em quando a poesia faz pirraça,
Volteia, se esconde atrás da vidraça,
Me observa com o olhar de madona.

Submerge, se amanha na tarde baça,
E por mais que eu delire, aspire sua graça,
Ela não flui, não evolui, não vem à tona.

Ela é como o vento, sussurra quando bem quer.

Misteriosa como a alma de uma mulher.