Os Bandeirantes

Valete dos Anjos

I

Brasil escondido nas matas oriundas

de norte a sul índios e a natureza.

Desbravava este mundo os bandeirantes malvadeza...

Crueldades neste mundo o fim da certeza.

Índios inocentes sucumbiram em tuas mãos,

trazendo o prazer cruel dos Bandeirantes aos irmãos.

No romper de um ideal desbravando este chão

destruindo o povo primeiro desta nação.

II

Ainda que os ideais fossem de expandir a nação,

sangue e morte jorraram neste chão...

Em prol de Deus os deuses da expansão.

Ainda que os obstáculos fossem grandes neste chão;

tenho certeza que não havia tanta destruição.

Somos feitos desta tenebrosa conspiração.

Desde a macabra colonização de expansão e religião

são massacrados pobres, negros, índios todos os irmãos.

III

Em busca de ouro, prata e pedras preciosas

Borba Gato e o Anhangüera a plena quimera...

Capturarão, estuprarão os índios do interior.

Trazendo morte e dor. Só resta o Horror!

A mando dos senhores do café, Engenho e os minera (dores).

Trazia também o extermínio dos Quilombos dos interiores.

Pois nos lombos negros da escuridão

o chicote e o açoite ardiam a toda direção. Aos negros irmãos.

IV

Pois em busca da Prata pela estrada

o sangue jorrava em toda jornada

morrendo negros, índios e mestiços e irmãos,

os irmãos que na oratória Tupi-Guarani

eram escravizados no Sudeste assim:

Plantação, Mineração uma grande conspiração.

Dos senhores de terras os grandes da maldição.

Assim começa a surgir o Brasil Tupiniquim...

Italo Gouveia
Enviado por Italo Gouveia em 26/10/2011
Reeditado em 17/11/2011
Código do texto: T3299366
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