Cracolândia
Valete dos Anjos
A duelar com a sorte em plena escuridão
mortuários e inquietos os isqueiros nas mãos...
Trêmulos e dementes as pedras brutas da perdição.
Vivem em bandos tendo convulsões tenebrosas.
Embriaguez avassaladora o pranto que chora a toda hora.
A voejar ao abismo turvo e nevoento... Agora!
Sonambulismo sangrento a torpecer meu sentimento.
São seres invisíveis o narcotismo de sempre.