Do Eu Ao Ateu

Valete dos Anjos

Foi o teu, ateu de mim mesmo

ao céu, o fel o véu da minha vida

nutrido palavra em meu peito. Sangra a'lma do rejeito.

Re (clamava) as trevas a vertigem sombria

ao meu firmamento sou agressor do dia;

em meu vulto de alegria precipícios da agonia.

Sobre meu crânio que abrasa o negro açoite,

me desperto agora as sepultura do tempo da noite.

Italo Gouveia
Enviado por Italo Gouveia em 16/09/2011
Reeditado em 16/09/2011
Código do texto: T3222758
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