NADA

Em angústia vago... rasgo o universo,
Perdido - não me encontro - não aconteço,
Teço um olhar cismado, cansado, roto,

No silêncio do sem termo - me esqueço,
Distante demais de um cais, de um porto,
E nada me apraz, faz um começo.

Nada integra, alegra meus pobres versos.

Nada me liberta do absurdo desse avesso.