Casamento na Libertinagem

Valete dos Anjos

Sou o solitário nó do destino,

desatado na contração imunda da dor.

No romper do dia sou a Droserácea impiedosa.

Na noite procuro a crueza das mulheres vazias,

No toque profundo e profano, bebo o vinho,

que a tempo é vinagre, azedo, cítrico, cheiro de libertinagem.

Sobre as camas imundas dos Bordeis encartado,

Saio podre e imundo e jamais clarificado.

Italo Gouveia
Enviado por Italo Gouveia em 26/07/2011
Código do texto: T3120164
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