Casamento na Libertinagem
Valete dos Anjos
Sou o solitário nó do destino,
desatado na contração imunda da dor.
No romper do dia sou a Droserácea impiedosa.
Na noite procuro a crueza das mulheres vazias,
No toque profundo e profano, bebo o vinho,
que a tempo é vinagre, azedo, cítrico, cheiro de libertinagem.
Sobre as camas imundas dos Bordeis encartado,
Saio podre e imundo e jamais clarificado.