A Foto
Valete dos Anjos
Agora no amor enamorado da carne
Sou venerável na mentira do teu corpo.
Venero a chama que assola o agora.
Como a clave que forte machuca,
Venero-te o beijo tendo o ar que nutre meu ser.
Toco tuas curvas celulosas no retrato celeste.
Nos traços e contornos retangulares... No formol do tempo.
Juras de amor a tua doce imagem serena.