NOS BRAÇOS DA SAUDADE

Imponderavelmente a saudade me abraçou,
Me cinzelou, confrangiu a alma, o peito,
Deixou inquieto o rio que corre no meu leito.

Como um estranho vinho me embriagou,
Ocupou meu âmago, eu, taça transbordante,
A me derramar por quem está tão distante.

Me fez sentir um pretérito mais que imperfeito.

No absoluto amargo desse instante.