INSENSÍVEL

Tempo enviesado, de sonhos inacabados,
De entrelinhas nas linhas do semblante,
Olhos incolores, alma vazia, errante.

Tempo sem elo, de castelos desmoronados,
Jardim sem flores, amores perdidos,
De ego impreciso, sorriso escondido.

Tempo, do tempo passando... cinzelando o painel.

E o meu silêncio perguntando; por que és tão cruel?


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Tal como as minhas linhas que chegam e envelhecem,

Aparecem singrando os rostos no tempo,

Surgem em teus versos registros de alento,

Para embelezar tantos velhos momentos.

(Edbar)