Outono Desigual

Expira a tarde cansada morno outono desigual

Lentamente o Sol se vai deixando opaco o viver

Revoar de aves raras nos umbrais da catedral



Repicar dos velhos sinos que saúdam a Ave Maria

Cintilam escassas estrelas entremeios à lua cheia

Cerrar das antigas janelas em busca do adormecer



Afagos inexistentes, saudade que a alma sufoca.



Rotina da solidão anunciada no cansativo viver.
                                                (Ana Stoppa)
Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 14/04/2011
Reeditado em 25/04/2011
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