O RIO*
Um rio se esvai e flui da fonte;
e, então, já serpente pelo vale,
detém-se às pestanas do horizonte.
Corrente sem norte, o vau do rio
ondula, ao comprido, num detalhe
– às margens fecundas do plantio.
E o rio alimenta as terras magras.
Enfim, os sertões dão vez às lavras.
Fort., 20/03/2011.
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(*) INDRISO em versos eneassílabos,
com cesuras fora do rigor tradicional.