SOMBRAS

Não me explico, sacrifico a fantasia,
Invento um universo cinzelado,
Como um corvo fico ali, a divagar...

Revolvo-me, busco-me em angústia,
Ouço vozes, vejo sombras do passado,
Pelas esquinas do meu estranho olhar.

Adejo a alma, sinto-a sem poesia, sem anistia,

Sitiada por um amor estilhaçado.