Sangria Desatada
Meu peito guarda uma sangria desatada.
Faz-me triste, solitária e pequena.
Indiferente jorra mais e mais sem pena.
Por mais que eu peça para parar,
Faz-se surda amplia o mar de lágrimas,
Onde hoje navega desolado o coração.
Ainda não inventaram algo para o tédio.
Minha sangria deságua abundante sem remédio.
(Ana Stoppa)