A MAIS PACIENTE DAS FOLHAS...
Sobre minha mesa,
Algumas folhas soltas esperam ansiosamente
Por tudo que tem a contar, minha tagarela caneta;
E, assim, algumas folhas... As mais precipitadas,
Pensam terem ouvido tudo, e acabam por cair da mesa,
Amarrotas, dentro da lixeira que estava de boca aberta.
Por fim, a mais paciente das folhas... Aquela que soube ouvir,
Canta, em forma de poema, o que a caneta soube contar de minh’alma.