DIVA DO NORDESTE*
Sempre encimada por veleiro azul,
do mar esposa, filha do deus Sol,
tu és, oh urbe, a diva do Nordeste!
Rasgada em vias, rumo norte-sul,
as alamedas dando ao arrebol,
e as avenidas listam leste-oeste.
Oh, Fortaleza, a minha moradia!...
Aqui cheguei, vivi..., mais moraria.
Fort., 03/11/2010.
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(*) Este i n d r i s o inspirou-me a pobre menina
paulista, uma estudante de Direito (pasmem!)
que xingou os nordestinos. Pobre, sim, mas de
espírito – a criatura. Cantando a minha terra,
sem imprecar um desaforo contra a indigência
da cabecinha dela, eu a estou livrando de uma
condenação judicial por crime de racismo. Mas
que a pobre menina, estudante de Direito, já
não xingue a terra de ninguém, e também cante
lá a sua belíssima paisagem.