RESTOS
 
Olhando a muralha do tempo carrasco
A ignóbil e frágil prisioneira do sistema
Delira febril diante do que é lhe escasso.
 
Vagueia moribunda mesmo que não gema
Vencendo em dobradinhas o que lhe resta
Escravizada e exaurida quebra as algemas.
 
Olha para a terra seca e chora latente a dor
A garganta lhe estrangula um grito de horror.

 

Vania Morais
Enviado por Vania Morais em 27/10/2010
Reeditado em 13/06/2013
Código do texto: T2582130
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