RESTOS
Olhando a muralha do tempo carrasco
A ignóbil e frágil prisioneira do sistema
Delira febril diante do que é lhe escasso.
Vagueia moribunda mesmo que não gema
Vencendo em dobradinhas o que lhe resta
Escravizada e exaurida quebra as algemas.
Olha para a terra seca e chora latente a dor
A garganta lhe estrangula um grito de horror.