A PAZ

Solto na rede, descanso,
Não penso em quase nada,
Viajo na tarde azulada.

Contemplo o mar manso,
A gaivota cortar o vento,
Que sossego, que momento!

Minha alma mesmo inquieta,

Sente a paz de um poeta.


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Na tarde, em suave remanso,
Eu descanso da canseira,
Da vida que levo e conservo,
A ambição primeira,
Na minha rede, em balanço,
Eu pressinto o vento brando,
No seu sopro desinquieto,
Que me importa todo o resto?
Nada, nada me incomoda,
Deixo, então, que gire a roda,
E desfruto o doce fruto,
Dessa tarde, puro azul.

(HLuna)