SEMENTE

O amanhã, já por si, vem nebuloso.

Hoje, sim, o presente nos importa.

Lá do ontem, melhor nem ter saudade.

Tudo em tese, mas tão dificultoso

olvidar que flanamos numa porta

– um gesto pelo menos de amizade.

O passado nem passa totalmente...

Dos rastilhos do amor resta a semente.

Fort., 16/10/2010.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 16/10/2010
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