FREI TITO DE ALENCAR*

Mãos na Bíblia, as ideias no infinito,

um romântico frei dominicano,

assim como nasceu, morreu Frei Tito.

Um poeta da fé e da esperança

que a tortura deu fim tão desumano,

indo o mártir findar-se lá em França.

De amor e sonhos n’alma, solidário...

E quis só ver um mundo igualitário.

Fort., 13/09/2010.

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(*) Tito de Alencar Lima nasceu em Fortaleza

em 14 de setembro de 1945 e faleceu aos 10 de

agosto de 1974, em Évreux, na França, depois

de ser impiedosamente massacrado, sob torturas,

pela ditadura dos “anos de chumbo”, em São

Paulo. Foi a tristemente trágica “Operação Ban-

deirantes”, chefiada pelo facínora Sérgio Para-

nhos Fleury, que o matou. Convém assistir ao

filme “Batismo de Sangue”, com base no livro

do Frei Beto. Um pequeno retrato do martírio

pelo qual o religioso cearense passou nos féti-

dos porões da repressão política, no Brasil. Es-

se frade mereceria uma epopeia. Na ausência de

talento, aqui vai o meu minúsculo i n d r i s o.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 13/09/2010
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