O que havia?
Havia a palavra encarcerada, faminta por ser gula de poeta,
que cego, no meio de tantas letras de dor, cismava tatear ruas
de algum vestígio de amor; na rima lilás e nua da alma aprendiz.
É mesmo teimoso quem escreve e se atreve pela boca calar.
E diz em versos, o que falou de menos, por sentir assim demais.
Só para fazer sentido ter doído tanto; amado tanto, tantos ais.
Havia tantas palavras acariciando os dedinhos em falsetes...
Mas aquela aprisionada, livre do poeta; sonha com liberdade!