Perpétua noite
Os olhos, já fechei, pra esse amor,
E neles só a noite perpetua
Dando à escuridão o que sobrou.
Assim, lá adormece a imensa dor
De olhar em volta e ver que não sou tua
E que o tempo, pra tão longe, te levou.
Não tento achar o trinco dessa porta
Nem fujo da saudade que me corta.
(Mª Cecilia)
Não feches os teus olhos ao amor,
Sem dar a ele a chance que precisa,
Pois é no tempo certo que floresce.
O tempo, dos amores, é senhor
E, assim, como o soprar de suave brisa,
Eis que, no coração, ele acontece
E a alma canta a graça da paixão
Em versos de profunda emoção.
(Mario Roberto Guimarães)