NOITE

O noturno é um incógnito gigante,
Talvez, nem haja alvorada,
O escuro açula os caninos.

A alma sintética – errante,
Derrama a lágrima calada,
Revoltada com o acre destino.

O corpo na calçada? Não é nada.

Apenas alguém que perdeu o sonho, o tino.