Silêncio

Entre nós o abismo torna-se algoz

Palavras raras burilam a tua boca

Quase tudo, perde-se, no silêncio oco.

Enquanto a poesia agoniza

o dia desposa a noite, sem lampiões, sem lua

Nós... estátuas recortadas a enfeitar a rua.

Da solidão, o veneno pela boca adentra.

Infiltra-se na ausência das palavras des_atentas.

FATIMA MOTA
Enviado por FATIMA MOTA em 26/12/2009
Código do texto: T1996213
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