INDRISO DE UM EXTERMINADOR
Quem exterminou o amor que senti
Não imaginou o tanto que eu resisti
É réu confesso do crime sem perdão
Deverá receber pena pela violação
E tudo de melhor que havia em mim
Virou cinzas lançadas por um vulcão
E agora meu coração chora de solidão
Você vinha vestida somente de ilusões
Falseava promessas com suas seduções
Falando como uma alucinada calopsita
Mais parecia uma doida varrida suicida
Enquanto eu um apaixonado e mutilado
Nem viu que eu caia aos trambolhões
Incitava com decote levantando a saia
E cheio de si, só quis ficar bem na fita
Mas na hora “H” me deixou sem comida
Imagine a face de uma rosa desfolhada
Por certo é a de fujona de encruzilhadas
E que perdeu suas pétalas na enxurrada
Quem mandou ser uma desavergonhada?
Ao ser salva acolhida, amada e acariciada
Bem que podia ter me dado melhor trato
Ora está muito feliz e bem acompanhada!
E eu aqui como miserável só e desamparado
Mas não há de ser nada, pois hei de amar e ser amado
Por uma poetisa alagoana bonita que me quer ao lado.
Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes