ONDE TUA JANELA?
Àquela de muito longe
Sei que moras em urbe muito bela,
cidade populosa e moderníssima...
Pelo mapa, do lápis de arquitetos.
Mas eu quero saber-te é da janela...
E onde pões tua lira tão finíssima,
quando cantas d’amores os projetos.
Nada almejo saber de arquitetura.
– Só te ver à janela, criatura!...
Fort., 22/07/2009.
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FORTUNA CRÍTICA: ADENDOS, INTERAÇÕES, etc.
Prezado Véi, meu agradecimento pela sua bondade em fazer-me um poema laudatório (imerecido, rsss) foi deixado na sua Escrivaninha. Agora, para enriquecer o nosso modesto indriso, o poema da sua lavra, que muito nos honra... Muito obrigado!
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"Gomes da Silveira: Ecce Home
É o GS, é o Gomes da Silveira,
homem danado, encapetado, um cavalheiro,
poeta chã, do Ceará, do mundo inteiro,
um humanista, um gozador, letra certeira,
escrita fina, chumbo grosso, da rasteira
em jacaré, também dá nó em pingo d`água,
sua poética está na dianteira;
conhece a dor e se há no peito alguma mágoa
é ver crescer a injustiça nesse mundo.
No mais, na calma ele leva sua vida,
se diz simplório, mas poeta assim profundo...
vá lá pra lê-lo se alguém aqui duvida;
cabra safado, de safado não tem nada,
bom camarada, quer tornar a vida bela
com igualdade, honestidade na parada,
doutor em letras, fez da grade uma janela
em haikai, soneto, indrisos, prosas mil,
surpreendente, gran finalle, um cinema,
é um poema que ilumina esse Brasil
que se espalha através da sua pena.
Véi "
Publicado no Recanto das Letras em 23/07/2009
Código do texto: T1714881