FERINA
Ferina! fria lâmina, tua língua
morde-me o lábio, profana-me o beijo
que tu’alma recusa e o teu corpo chama.
Desdenha-te do amor? choras à míngua
tal qual um desafinado realejo
na boca não virtuosa que o difama.
- Punhal que pune o peito!.. És vil, Felina!
Mi’a boca não te beija, te abomina!
Ferina! fria lâmina, tua língua
morde-me o lábio, profana-me o beijo
que tu’alma recusa e o teu corpo chama.
Desdenha-te do amor? choras à míngua
tal qual um desafinado realejo
na boca não virtuosa que o difama.
- Punhal que pune o peito!.. És vil, Felina!
Mi’a boca não te beija, te abomina!