NO LEITO DE PROCUSTO

De dia, tu me és senhora.

Hermética porta, lacrada

na passarela da calçada.

À noite, tu viras amora

no meu paladar, pelo fio,

mormente quando sentes frio.

E, então, voraz, eu te degusto.

Dois sós, no leito de Procusto.

Fort., 02/07/2009.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 02/07/2009
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