UMA BOCA, DUAS LINGUAGENS
Em mesma boca, às vezes, temos duas.
Uma delas profere amenidades,
Mas a outra só diz palavras cruas.
Uma trova, faz prece, em sã linguagem.
Porém, a outra carpe sujidades,
Ao léu, em grau de grã libertinagem.
Quando pensa, a primeira diz poema.
Com nosso amor, a sós, a vã nos rema.
Fort., 30/05/2009.