O QUE FAZER?


Vai-e-vem de ondas
batendo contra a muralha
e eu perdido em lembranças...

A quase esfinge de Lênin
esculpida no arrecife
parece bradar: o que fazer?

Lembranças de um amanhã que não chegou.

Sonho desfeito como a espuma das ondas.






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Esse indriso foi composto, recentemente, no Morro de São Paulo, sobre a muralha de um Forte em ruinas, onde costumo ficar nos fins de tarde à espera do pôr-do-sol. A visão do mar é de mais de 260 graus e quando a maré baixa, distraio-me descobrindo formas nas pedras que sucessivamente vão aparecendo.